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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

A PORTA - PORQUE DECIDI FAZER O CURSO DE ENFERMAGEM

Na minha frente uma paciente de 26 anos. Ela está nua deitada de bruços na cama. Da virilha até a perna esquerda uma ferida aberta em carne viva. São 45 dias de internação no Hospital Cajuru em Curitiba, Paraná. Ela está deprimida, não tem muita esperança de ficar boa e voltar para casa. Estou ficando preocupado. Já são 15 dias cuidando dela, mas não vejo nenhuma melhora da ferida e do quadro geral. Quem sou eu? Meu nome é Ernande Valentin do Prado, eu sou Auxiliar de Enfermagem recém-formado. Estamos em março do ano 2000. São 11:30 de um dia qualquer da semana e a Enfermeira do setor me chama na sala dela. Quer saber por que minha demora no quarto 22. Digo que a paciente precisa de maior atenção, pois está ficando deprimida, estou preocupado com o desanimo dela, digo. Ainda acrescento que meus outros pacientes estão bem e todos já foram atendidos, que apenas ela inspira maiores preocupações no momento. Você não pode fazer isso, diz a Enfermeira. A chefe. Isso o que, pergun

PROCESSO SAÚDE/DOENÇA E A ENFERMAGEM

Ainda hoje a maioria dos profissionais de saúde, Enfermeiros, Nutricionistas, Psicólogo, Médicos, Terapeutas Ocupacionais, Fisioterapeutas, Odontólogos, Farmacêuticos, enfim, praticamente todos os profissionais da área de saúde, entendem saúde como sendo ausência de doença. Ou seja, que ter saúde é não estar doente, e doença significa ter uma dor, uma ferida localizada inequivocamente em uma parte do corpo. Este entendimento, apesar de não ser orgânica da população, acaba assumida por parte dos usuários do serviço de saúde, não importa se público ou privado. Isso acontece de forma contraditória, pois a população associa a percepção biomédica dos profissionais com outras mais subjetivas [1] .   Desta concepção biologicista é que deriva a falta de integralidades nos serviços de saúde, por consequência o não atendimento das demandas por cuidados que vá além dos aspectos meramente biológicos. A concepção de saúde determina as práticas profissionais desenvolvidas no cotidiano dos

PROJETOS INOVADORES PARA O SEMESTRE AGES

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Esta semana a direção da Faculdade AGES reuniu todos os professores interessados em apresentar projetos inovadores para execução no semestre 2012-1. Apresentei duas propostas para ser estudada e viabilizada, caso aprovada. 1. GRAVIDEZ PASSO A PASSO - PROJETO DE EXTENSÃO MULTIDISCIPLINA Este é um projeto na área de educação em saúde, tendo as rádios da região, comunitárias ou comerciais, como parceiras.  A proposta prevê o desenvolvimento e apresentação de 40 edições semanais, correspondendo a 40 semanas de gestação. Serão abordadas questões relacionadas ao dia-a-dia da gestação e do pré-natal através de informações simples e objetivas via rádio e internet. Em sua essência este projeto visa contribuir com informações à comunidade, porém, mais que isso, contribuir com os estudantes da AGES no sentido de melhorar seus conhecimentos sobre educação em saúde, comunicação e gravidez. Ser um canal de pesquisa e serviços voltados para as necessidades da comunidade, no caso as necessi

PRÁTICAS POPULARES E INTEGRATIVAS - REUNIÃO NA REGIONAL DE LAGARTO

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Aconteceu em Lagarto, Sergipe, reunião na Regional de Saúde para discutir, entre outras coisa, as práticas populares e integrativas de saúde. Estavam presente os secretarios de saúde das cidades da região ou seus representantes. Na oportunidade foi apresentado o relatório preliminar do PI SEMINÁRIO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS, POPULARES E COMPLEMENTARES DE SAÚDE DA REGIÃO CENTRO-SUL DE SERGIPE. O Primeiro seminário de práticas integrativas, populares e complementares de saúde da região centro-sul de Sergipe, realizado na primeira quinzena de novembro de 2011. Época em que as secretárias de saúde e os profissionais estão realizando balanço de fim de ano e realizando planejamento para o ano seguinte. Neste sentido foi uma época propicia para dar oportunidade aos profissionais de poder refletir sobre seu fazer/saber e saber/fazer. Momentos de reflexão não são muito comuns no dia-a-dia dos serviços, pois a demanda nem sempre deixa espaço para esse pensar sobre o fazer. No entanto ist

MAPA CONCEITUAL E CASO - PRIMEIRO PERÍODO NOTURNO

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Mapa conceitual elabora na aula da professora Daniela Raguer - Primeiro Período Noturno ZILDA, ZEFA, PAULINHA E O MODO DE VIVER A VIDA Zilda tem apenas 25 anos, mas aparenta ser mais velha. “Coitada! o sofrimento envelhece” : perdeu a mãe muito cedo. O pai era etilista  e pouco ou nada se importou com a menina. Casou-se aos 14 anos e em uma das secas da região , o marido, que parecia um bom homem, foi para São Paulo deixando-a com Paulinha na barriga. Nunca mais ele voltou.  Ela só não ficou completamente abandonada porque foi amparada  por Dona Zefa, parteira que trouxe sua filha ao mundo e adotou as duas. Tinha pouco, mas o pouco dividia com elas. Zilda não se fez de vítima, todo dia trabalhava de sol a sol: plantava, carpia, lavava, faxinava na cidade. Vivia cansada, sem lazer, sem conseguir nem ao menos exercitar sua espiritualidade.  Muito trabalho, pouco dinheiro. Mesmo assim nunca descuidou de Paulinha. A menina estava sempre bem alimentada, com as rou

PRIMEIRA AULA - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM - FACULDADE AGES

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Primeiro Período noturno

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