#27 Eu não sou cachorro, não
#27 Eu não sou cachorro, não
Resumo para megafono:
Neste episódio
do Música para pensar, fizemos uma linda homenagem ao Comunicador Gugu Liberato,
exemplo de ética e responsabilidade com seu público e questionamos, “depois de
morto vira santo?” Nada disso, o questionamento da semana foi: esse governo
existe mesmo ou é uma Fake News sem graça e perigosa?
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[Música de introdução - Rua da Passagem]
Introdução:
Toda vez que um
acontecimento, qualquer que seja, é divulgado e principalmente comemorado pelo governo
do capitão, qualquer pessoa de bom senso ser pergunta: será verdade?
E essa semana,
no País governado pela Fake News, os acontecimentos foram tantos e tão variados
que fico até sem dúvidas se aconteceram mesmo.
Olá, eu sou Ernande
e você vai ouvir o música para pensar.
[vinheta de abertura]
O que vi durante a semana:
[Inserir o áudio falando do Gugu Liberato]
Contextualizar o tema a partir do lugar onde se quer chegar ou com os
aspectos positivos do assunto:
Um País é considerado
sério e civilizado quanto mais confiável for seu governo e suas instituições. O
povo Brasileiro precisa poder confiar nas escolas, na polícia, na coleta de
lixo, só assim conseguirá ter auto estima, principalmente frente aos povos
estrangeiros e ter orgulho de poder dizer que é Brasileiro. Essa confiança não
é algo que aos evangélicos ou aos comunistas, interessa para todas as pessoas,
que não estão má intencionadas, por isso todas as partes deveriam se esforçar
para falar a verdade e ter responsabilidade com o que falam.
Desenvolvimento do tema:
Mas
infelizmente, o que acontece neste governo é ora de se duvidar, ora patético e
digno de risadas, o que é perigoso.
Por exemplo, a Polícia
Civil do Pará, que deveria investigar e combater crimes, acusou e prendeu
militante da ONG Brigada de Incêndio Florestal de Alter do Chão, em Santarém,
no oeste paraense. Segundo o delegado José Humberto, eles atiram fogo na floresta.
E sabe quando eu
descobri que isso era mentira, que tudo não passava de uma armação ridícula para
acusar as ONGs? Quando eu ouvi isso:
[Inserir áudio de Bolsonaro sobre a pressão dos brigadistas]
Na minha cabeça
e na cabeça de muita gente, se o Capitão acredita, se o capitão propaga, se o
capitão comemora, é mentira. O presidente do Brasil tem um dependência patológica
de Fake News e para ele não basta inventá-las, precisa também propagar a fake news
alheias.
Quer dizer, vá
saber se é alheia. Não duvida de nada.
Em menos de 24
horas o Ministério Público do Pará descobriu que tudo era uma armação e o
delegado José Humberto foi afastado do caso. Afastado mais ainda solto, porque
usar o poder para perseguir, prender e desviar o foco da verdade, não é crime
no Brasil.
A minha grande dúvida
é:
O delegado, José
Humberto do Pará, gravem esse nome, prendeu os Brigadistas para agradar o chefe
ou fez isso a mando o chefe?
[Inserir áudio com glilos]
Diversos analistas
dizem que esse governo é inepto demais para conseguir armar alguma coisa, mas
não tenho certeza. Até consigo imaginar um representante do governo ligando
para o delegado:
- Olô, Dr. José Humberto? Eu quero que o senhor
prenda alguns ongueiros, tá ok?
- Tanto faz, pode ser aqueles que se dizem
brigadistas de incêndio. Prende e diz que eles estavam ateando fogo na floresta,
Tá ok?
E para fechar o quadro geral de absurdos, o
Governo armamentista, que tem como proposta legalizar o crime de assassinato,
desde que praticado por Policiais, através do Projeto de Excludente de
Ilicitude, agora quer ampliar a coisa e legalizar assassinatos em massa. A
ideia é simples, se o povo achar que não é cachorro e sair às ruas para
protestas contra o governo, como estão fazendo no Chile e na Bolívia, a polícia
tem o direito de usar a força.
O termo técnico diz que em caso de balburdia, a
polícia e as forças armadas têm o direito de usar a força, o que quer dizer
mais ou menos o direito de atirar, alejar, prender, torturar e até matar o seu
filho e jogar o corpo no mar, caso ele seja visto do lado de algum esquerdopata.
Claro, estou falando isso com base no que foi a Ditatura Militar no Brasil,
essa que nunca aconteceu.
O mais preocupante nem é essa GLO que o capitão
quer emplacar, o mais crítico é que o delegado José Humberto, aquele que prendeu
sem provas os brigadistas do Pará, poderá ser um dos responsáveis por aplica-la.
A dúvida maior é se ele aplicaria a GLO contra
quem provoca balburdia ou contra quem tenta acabar com a balburdia.
O que você acha, querido ouvinte do Música para
Pensar?
Mandem seus comentários e na semana que vem a
gente conversa.
A história da música
Para pensar
sobre tudo isso, vamos ouvir, Eu não sou cachorro, não, música de Waldeick
Soriano, gravada em 1972, no LP de nome muito sugestivo: "Eu também
sou gente", que bem pode ter sido um recado para o Presidente Médici, general
que presidia o governo militar que usurpou o poder a força em 1962 e proibia qualquer
tipo de expressão polícia, a menos que fosse a seu favor, é claro. E hoje eu
chamo Waldick, como um legítimo representante do povo sofrido do Brasil,
para de novo mandar esse recado a um governo que não tolera o povo brasileiro e
nem cachorros.
Ouça aí, Eu não
sou cachorro, não, e vamos pensar.
[Inserir a música: Intolerância]
[Vinheta de encerramento]
Referência:
WIKIPÉDIA. Governo Médici (1969-1974) - "Milagre
econômico" e a tortura oficial. Disponível
em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Waldick_Soriano>
Acessado em: 01/12/2019.
CANCIAN, Renato. Waldick Soriano. Disponível
em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-medici-1969-1974-milagre-economico-e-a-tortura-oficial.htm
> Acessado em: 01/12/2019.
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