POR QUE A GENTE É ASSIM
Dias atras estive em um serviço de saúde da região e o atendiemento foi assim:
Quando entrei um servidor atras de grades e um tela de computador me empurrou para outro. Este outros, atras de outra tela de computador (o que estaria fazendo de tão importante?), sem tirar o olho da tela disse: não tem mais vaga.
Ai fui encaminhado para um sala onde determinado profissional deveria me avaliar e decidir se poderia ou não passar por consulta. (Ou seja, triagem - em alguns lugares chamam esto de acolhimento, mas não se enganem. Acolhimento não é isto)
Fiquei esperando e vendo os tais funcionários andar de um lado para o outro sem nada fazer. Ai perguntei quem iria me atender e perguntaram o que eu queria.
"Quero ser atendido."
Fui encaminhado para um sala onde havia, ao que as aparências indicaram , três profissionais de enfermagem lendo catálogos de compra. A Enfermeira, em pé, sem se mexer disse: não tem vaga. São só 50 fichas por dia e agora o Dr. só atende emergência. (mas não disse quem decide o que é emergancia. Será função da enfermagem decidir o que é ou não emergencia médica? Será este o trabalho da enfermagem? Uma febre pode definir uma emergencia? Uma dor? O que define? E se houve mesmo uma emergencia estará o serviço apto a atender?)
A enfermeira não perguntou o que eu tinha, o que sentia, porque estava ali. Não quis saber onde eu moro, quantos dias estava com a doença, se estava seguindo o tratamento, se estava usando alguma medicação. Não orientou sobre os cuidados para não infectar outras pessoas. Nada. A enfermeira não fez nada a não ser dizer: não tem vaga.
Ficou parada em pé. Deixando claro que sua única função era servir de barreira entre eu e o médico.
Quando tempo deve ter estudado para desempenhar função tão importante e complexa?
Confrontada com sua postura disse que isto não era da conta dela. Que se eu não estivesse satisfeito deveria procurar o diretor do hospital.
Fui até o direto e lhe expus minha situação. Ai ele perguntou sem me olhar. Arrumando a mesa sem nenhum interesse no meu caso: e daí? (Daí eu entendi o porque o comportamente de todos os servidores do estabelecimento até aquele momento. Só faziam seguir o exemplo do lider).
Daí, disse eu, que não estou me sentindo bem e preciso passar pelo médico.
Ele disse que eu deveria ir para o PSF. Ou seja, agendar uma consulta, provavelmente, se tiver sorte, para daqui dois ou três dias. "Mas o meu problema é agora. Eu posso esperar."
Antes de sair batendo a porta de indignação com o atendimento do distinto senhor, ainda fui obrigado a ouvir que eu era ignorante, vagabundo e que só queria atestado para não ir trabalhar. Ou seja, além de estar sentindo-me mau, com dores, não conseguindo ver direito e dormir, fui julgado pelo atento funcionário do povo, como sendo vagabundo. (qualquer cidadão que não se conforma com o péssimo atendimento é classificado como baderneiro. A grande parte dos gestores e atendentes do serviço de saúde ainda pensam que estão atendendo de graça e fazendo favor para o povo.)
A mesma pergunta feita a respeito da enfermeira pode se fazer a respeito deste senhor: quanto tempo terá ele estudado para, sem conhecer a pessoa com quem fala, sem lhe olhar, sem dar atenção, dizer que se trata de um vagabundo aproveitador? Será isso que se aprende nas escolas ou este senhor e seus funcionários não conseguem aplicar na prática o que aprenderam?
A verdade é que os liderados são o espelho de seu líder.
Até quando vamos ter que pagar servidores público para não conseguir organizar o serviço e, para fugir da responsabilidade, culpa a vítima e ainda a julgar como se olhasse no espelho?
Comentários
Parebéns pelo seu trabalho e que você continue desenpenhando o papel de esclarecer na medida do possivel todas as dúvidas que os cidadãos aí da sua cidade por ventura possam ter. espero que suas intenções sejam realmente boas e que você faça tudo para construir uma saúde melhor para a a comunidade local.