VISITA DOMICILIAR

Uma das atividades que mais da prazer realizar no trabalho da Equipe de Saúde da Família é a Visita Domiciliar.
Alguns profissionais não gostam de ir até as casas. Dizem que não tem ambiente adequado para atender ou queixam-se de falta de espaço ou falta de higiene. Já conheci profissionais que mandavam buscar o Usuário de carro para atender no consultório.
Mas nada substitui uma visita domiciliar.
E a visita tem que ser feita com calma, paciência e sem sem pressa.
Existem profissionais que não sabem para que é feita a visita. Acham que visitar é consulta. Até não deixa de ser, mas não é essa a finalidade da visita domiciliar. O principal é conhecer o Usuário em sua intimidade, saber como ele vive de verdade, deparar-se com as verdadeiras condições de vida da pessoa.
O profissional que faz uma visita bem feita, que anda pela casa, pelo quintal, abre a geladeira da pessoa, toma um café ou um terere com o visitado, tem muito mais condições de depois, se for o caso, tratar de sua saúde ou de seu problema de saúde.
A visita bem feita evita que o profissional, sobretudo o médico, prescreva tratamentos e/ou medicações que o Usuário não terá condições de fazer.
Além de tudo isso, a visita domiciliar é o momento de compartilhar, conhecer, vivenciar as possibilidades de cada um.
Em Rio Negro temos o hábito de fotografar alguns moradores durante as visitas. Quase todos autorizam a publicação e hoje vamos mostrar essas fotos:

FOTOS VISITAS DOMICILIARES:









Para concluir uma poesia de Mário Quintana:
Paisagística (1)
O conforto, a higiene...No entanto, um ranchinho de barro e sapé vai muito melhor com a paisagem.
Um ranchinho de barro e sapé parece brotado da terra, faz parte da natureza, não contradiz as árvores e o céu.
E é, também, tão humano...
(1) Esta poesia está no livro: Caderno H. Mario Quintana. Editora Globo, 2006.

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