O GRÃO DE FEIJÃO, ALICE E O SERVIÇO DE SAÚDE
Domingo Alice introduziu um grão de feijão no nariz. Nada de mais para uma menina de 3 anos e alguns meses. O curioso é que dois dias antes eu pensava na solidão de pai: “essa menina não faz nenhuma loucura. Não coloca coisas no nariz, na orelha como as outras crianças.” Foi só pensar e aconteceu. Será premonição ou mero acaso? Melhor nem pensar. Hoje (passado o susto e o quase desespero) perguntei a um colega que se prepara para ser pai o que ele faria quando a filha enfiasse um feijão no nariz. Ele disse que me ligaria (pois sou enfermeiro) para saber o fazer. Então perguntou por que eu queria saber e respondi que para lhe preparar. Ele pensou que era praga (a gente deve tomar muito cuidado com o que fala). Imaginei que estava lhe preparando para o que a filha pode vir a fazer. Ele que eu estava lhe jogando uma praga. Mas comunicação é assim mesmo. O natural, dizia uma professora de linguística, é a gente não se entender. Um fala e quer dizer uma coisa e o outro entender coisa co...