CONVERSANDO A GENTE SE ENTENDE

Hoje, dia 11 de setembro realizamos o encontro de Hiperdia do Santa Fé. Foi muito especial, apesar de não ser o dia em que foi o maior numero de pessoas. Digo isso porque geralmente a gente avalia a importância de uma atividade pelo numero de pessoas que foram. Dificilmente pelo que aconteceu.

Hoje foi especial porque todo mundo pode falar do que sente e do como sente. Todo encontro deveria ser assim, mas nem sempre é. As vezes falta tempo, disposição, oportunidade. Mas hoje tudo deu certo.
Começamos com o mote: o que mais me atrapalhar controlar a diabetes? Depois evoluímos para Hipertensão e peso.

A regra era simples: a equipe não iria julgar e nem dar conselhos. Parece que essa simples regras mudou tudo. Vários usuários portadores de diabéticos confessarem não resistir aos doces e ter dificuldade em controlar a "boca", mas outros falaram da dificuldade em comer moderadamente, fazer caminhada ou tomar as medicações.

Depois desta rodada houve a segunda (só houve primeira, segunda e terceira rodada na sistematização, na verdade tudo foi simultâneo). A pessoa dizia qual sua dificuldade e em seguida dizia em que o grupo poderia ajudar.
Na terceira parte cada membro do grupo, se tivesse vontade, dava sua opinião para melhorar o problema identificado. Foi lindo o momento e surgiram soluções interessantes. Mais que soluções interessantes o importante foi que cada pessoa pode fazer seu próprio diagnóstico (será que alguma categoria profissional vai nos processar?) e compartilhar com o grupo e ainda se apoiar no coletivo para tentar a melhora. E imagino que vão conseguir aproveitar em si mesmos os conselhos dados aos outros.

Foi difícil, mas nós, profissionais de saúde, conseguimos não dar conselhos, prescrever ou julgar. Participamos como ouvintes e aprendizes. Só respondemos perguntas e interferimos quando julgamos perigosa a proposta de solução de algum problema. O que só aconteceu uma vez.

Tenho essa reunião em áudio e autorização para divulgar...assim que conseguir fazer uma boa edição talvez vire um programa SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIAL.

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