ATIVIDADE NA ESCOLA LEONTINO

Desde maio vem ocorrendo a aproximação entre a Equipe do PSF e as Escolas de Rio Negro. Com a Creche e as pré-escolas sempre houve uma facilidade de trabalhos conjuntos, uma vez que já oferecemos atividades de prevenção de doenças junto às crianças.

Mais recentemente realizamos em conjunto o DIA MUNDIAL DA ÁGUA, também envolvendo as escolas estaduais.

Já a Escola Leontino é um caso a parte, pois além de ser a maior escola da cidade, com um corpo profissional heterogêneo e com diferentes posturas e opiniões sobre o trabalho da Equipe de Saúde e mais, sobre a necessidade de trabalhos conjuntos entre a escola e a Equipe do PSF. Vem agora aproximando-se, principalmente por iniciativas individuais de alguns professores.

Neste caso na disciplina de Biologia: já foi trabalhado atividade sobre vírus e bactérias e nesta segunda-feira, dia 11, vamos até a escola falar sobre Engenharia Genética, Transgênicos, Projeto Genoma, Biotecnologia e Pré-natal.

A intenção neste caso, é mostrar que a Equipe está disponível para trabalhar junto a escolas, os alunos e os professores, e assim poder, no futuro, propor atividade conjuntas que possa causar impacto no dia-a-dia da população.

Abaixo estão os materiais teórico que norteou o bate-papo com os estudantes:

O QUE É ENGENHARIA GENÉTICA?

Engenharia Genética é o termo usado para descrever algumas técnicas modernas em biologia molecular que vêm revolucionado o antigo processo da biotecnologia.

O QUE É BIOTECNOLOGIA?

Biotecnologia envolve manipulação do processo biológico natural de microorganismos, plantas e animais. O homem tem se utilizado da biotecnologia há centenas de anos: feitio de pão, cerveja e queijo por exemplo. Entretanto, as modernas técnicas da biologia molecular, em particular a engenharia genética, têm apresentado novas possibilidades, principalmente a nível industrial.

A TECNOLOGIA DA ENGENHARIA GENÉTICA

Todas as células vivas são controladas pelas suas características genéticas, que são transmitidas de uma geração a outra. Essas instruções gênicas são dadas por um sistema de códigos baseados numa substância chamada DNA ( ácido desoxirribonucleico) que contém mensagens intrínsecas a sua estrutura química.
A engenharia genética, de uma maneira geral, envolve a manipulação dos genes e a conseqüente criação de inúmeras combinações entre genes de organismos diferentes. Os primeiros experimentos envolveram a manipulação do material genético em animais e plantas com a transferência (transfecção) dos mesmos para microorganismos tais como leveduras e bactérias, que crescem facilmente em grandes quantidades. Produtos que primariamente eram obtidos em pequenas quantidades originados de animais ou plantas, hoje podem ser produzidos em grandes escala através desses organismos recombinantes.
Outros benefícios também foram obtidos com as técnicas da engenharia genética:
A inserção de genes de uma determinada espécie em outra não correlacionada, pode vir a melhora esta última, que passa a apresentar determinadas características outrora não existentes.
Produção de vacinas, melhora de características agronômicas de plantas e da qualidade dos animais de corte, por exemplo, perfazem um quadro das melhoras trazidas com a utilização da tecnologia do DNA recombinante ou da chamada engenharia genética.
(Disponível em: http://cafe.cbmeg.unicamp.br/mano/eg/karen.htm Acessado em: 09 de junho de 2007)

BIOTECNOLOGIA

Biotecnologia é um processo tecnológico que permite a utilização de material biológico (plantas e animais) para fins industriais.
Engenharia Genética é o termo usado para descrever algumas técnicas modernas em biologia molecular que vêm revolucionado o antigo processo da biotecnologia.

A biotecnologia é o conjunto de técnicas que permite implantar processos na indústria farmacêutica, no cultivo de mudas, no tratamento de despejos sanitários pela ação de microorganismos em fossas sépticas entre outros mais diversos usos.

A biotecnologia possui o conhecimento nas áreas de microbiologia, bioquímica, genética, engenharia, química, informática. Tendo como agentes biológicos os microrganismos, células e moléculas (enzimas, anticorpos, ADN, etc.), resultando em bens, como alimentos, bebidas, produtos químicos, energia, produtos farmacêuticos, pesticidas, etc. Contribui com serviços, como a purificação da água, tratamentos de resíduos, controle de poluição, etc.

Já na Antigüidade o homem fazia pão e bebidas fermentadas; uma das fontes de alimentos dos Astecas eram as algas que eles cultivavam nos lagos. A partir do século XIX, com o progresso da técnica e da ciência, especialmente a Microbiologia, surgiram grandes avanços na tecnologia das fermentações.
No início do século XX desenvolveram-se as técnicas de cultura de tecidos e a partir de meados do século surgem novos horizontes com a Biologia Molecular e com a Informática que permite a automatização e o controle das plantas industriais.

A Biotecnologia já tem lançado vários produtos no mercado mundial. Em alguns casos, como os da insulina e do hormônio do crescimento, a inovação consiste em substituir os métodos de obtenção tradicionais. Em outros casos, como o dos anticorpos monoclonais, trata-se de produtos inteiramente novos.

PRODUTOS E BENEFÍCIOS

A biotecnologia, mesmo com todos os benefícios e produtos gerados, tem provocado inúmeros debates e controvérsias, (biodiversidade, patentes, ética). Seu futuro depende dos fatores econômicos e sociais que condicionam o desenvolvimento industrial.
Alguns bens e produtos obtidos através da biotecnologia:

Agricultura - adubo composto, pesticidas, silagem, mudas de plantas ou de árvores, plantas transgênicas, etc.

Alimentação - pães, queijos, picles, cerveja, vinho, proteína unicelular, aditivos, etc.

Química - butanol, acetona, glicerol, ácidos, enzimas, metais, etc.
Eletrônica – biosensores
Energia - etanol, biogás
Meio Ambiente - recuperação de petróleo, tratamento do lixo, purificação da águaPecuária – embriões
Saúde - antibióticos, hormônios e outros produtos farmacêuticos, vacinas, reagentes e testes para diagnóstico, etc.

BIOSSEGURANÇA

A Biossegurança é uma medida surgida no século XX, voltada para o controle e a minimização de riscos advindos da prática de diferentes tecnologias, seja em laboratório ou quando aplicadas ao meio ambiente. A Biossegurança é regulada em vários países no mundo por um conjunto de leis, procedimentos ou diretivas específicas.
No Brasil, a legislação de Biossegurança engloba apenas a tecnologia de Engenharia Genética — que é a tecnologia do DNA ou RNA recombinante — estabelecendo os requisitos para o manejo de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), para permitir o desenvolvimento sustentado da Biotecnologia moderna.

O órgão brasileiro responsável pelo controle das tecnologias de OGMs é a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). A CTNBio é responsável pelas emissões de pareceres técnicos sobre qualquer liberação de OGMs no meio ambiente e acompanhar o desenvolvimento e o progresso técnico e científico na Biossegurança e áreas afins, com o objetivo de promover uma segurança aos consumidores e à população em geral, com permanente cuidado à proteção ambiental.

A Lei 8974 de Janeiro de 1995 - Lei de Biossegurança estabelece as diretrizes para o controle das atividades e produtos originados pela tecnologia do DNA recombinante. Estabelece ainda que compete aos órgãos de fiscalização do Ministério da Saúde, do Ministério da Agricultura e do Ministério do Meio Ambiente a fiscalização e a monitorização das atividades com OGMs, bem como a emissão de registro de produtos contendo OGMs ou derivados, a serem comercializados ou liberados no ambiente. Homepage: http://www.ctnbio.gov.br/

Operacionalmente vinculada ao MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), a CTNBio iniciou suas atividades em Junho de 1996. É composta por 18 membros titulares e seus suplentes, entre os quais especialistas indicados pela comunidade acadêmica, com notório saber científico nas áreas humana, animal, vegetal e ambiental, obrigatoriamente com doutorado, além dos representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, da Saúde, da Agricultura, do Meio Ambiente, da Educação e das Relações Exteriores.

A comissão reúne-se mensalmente, desde a sua criação, para certificar a segurança de laboratórios e experimentos relativos à liberação de OGMs no meio ambiente e para julgar pedidos de experimentos e de plantios comerciais de produtos que contenham OGMs.
O fundamento básico da Biossegurança é estudar, entender e tomar medidas para prevenir os efeitos adversos da moderna biotecnologia, sendo prioritário proteger a saúde humana, animal e o meio ambiente, para assegurar o avanço dos processos tecnológicos.

(Disponível: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./biotecnologia/index.html&conteudo=./biotecnologia/biotecnologia.html Acessado em 09 de junho de 2007)



O QUE É GENOMA?

O genoma (conjunto de genes de uma espécie) está contido na área da ciência denominada genética, que é responsável pelo estudo da reprodução, herança, variação e de aspectos relacionados à descendência.

COMO SURGIU O PROJETO?
As primeiras propostas para se mapear o genoma humano surgiram em 1985, quando um grupo de cientista pretendiam detectar mutações em homens.

Com isso foi criado o Projeto Genoma Humano, que faz parte de um financiamento público. Mais tarde Craig Venter funda a empresa Celera Genomics, que faz parte de um financiamento particular e que tinha como um dos principais objetivos seqüênciar todo o genoma humano antes do projeto genoma humano.

Para fazer a pesquisa a Celera diz ter usado o DNA de pessoas anônimas e que estas não eram nem atores, políticos e muito menos de pessoas que tenham um intelecto assustador.
Os cientista dizem que não importa, de quem vem o DNA, pois todos têm o mesmo conjunto de genes, exceto pelo fato de alguns terem predisposição para algumas doenças e isso acarreta numa variação de pessoa para pessoa.
No dia 26 de junho de 2000 a Celera anunciou que havia seqüenciado 100% do genoma humano. Logo após a Celera já fez o pedido da patente de 6500 genes, mesmo tendo usado informações do Projeto Genoma Humano .

O grande problema da patente não é esse, e sim que se cada empresa tiver o direito a um gene ou genoma de alguma espécie, se outra empresa vier a desenvolver um medicamento que envolva o genoma da outra empresa, terá que pagar uma fortuna a ela para fabricar o remédio inviabilizando sua produção.

Até agora foram descobertos o genoma de mais de 33 espécies mostrando as nossas semelhanças moleculares resultantes da evolução.
Tudo isso gera uma grande polêmica discutida na Bioética. Como serão as regras desse jogo?
Quando os cientistas descobrirem a função de cada gene nos cromossomos essa questão da Bioética ficará ainda mais complicada. A predisposição para determinada doença poderá levar à uma discriminação.

Um exemplo disso aconteceu nos E.U.A. com Terri Seargent, de 43 anos, que foi despedida de um emprego, como gerente de escritório , apos o resultado positivo dos exames que detectaram uma doença genética que matou seu irmão. Nos últimos dias estamos acompanhando as decisões do uso de exames genéticos pelos seguros de saúde na Inglaterra.
Podemos concluir, que essa descoberta irá revolucionar o mundo. E nós, no Brasil, nos igualamos aos laboratórios de primeiro mundo ao mapearmos o genoma da bactéria Xylella, causadora do amarelinho desenvolvendo tecnologia própria e abrindo caminho para o genoma câncer, genoma da cana-de-açúcar e outros.

QUEM SÃO OS PARTICIPANTES?

O Brasil também participa do Projeto Genoma Humano, apesar da nossa tecnologia não ser muito avançada estamos investindo muito nesse projeto.
As principais iniciativas tomadas foram a da clonagem dos genes pelo laboratório da pesquisadora Mayana Zatz; o Projeto Genoma Humano do Câncer está em andamento graças a união da Fapesp, Instituto Ludwig, Unicamp, EPM e da Faculdade de Medicina da USP; o Genoma Cana pode levar o Brasil a liderar a pesquisa em genoma de plantas e o objetivo deste é desvendar o seqüenciamento genético da cana-de-açúcar, que foi apresentado pelos cientistas da Copersucar à FAPESP em 1998, e está sendo estudado até hoje e ainda o seqüenciamento de uma praga de lavoura de laranja chamada de Xylella fastidiosa.
O integrantes do Projeto Genoma do Câncer realizado no Brasil, pretendem identificar os genes associados aos tipos de câncer mais freqüentes no país, para que assim possam facilitar futuramente a cura do paciente com esta patologia. A descoberta do seqüenciamento genético da praga Xylella fastidiosa que ataca os laranjais foi o principal motivo que levou o Brasil a se destacar com Projeto Genoma Humano, os grupos de pesquisa do país pela primeira vez trabalharam em cooperação, trocando dados em tempo real pela Internet até decifrar todas as 2,7 milhões de bases nitrogenadas desta praga.

O projeto da praga foi tão bem sucedido, que ganhou o reconhecimento internacional, sendo capa da revista britânica Nature e da Science (EUA.).
Isto é muito gratificante para o país, pois assim conseguimos provar que não é por ser de um país subdesenvolvido e de tecnologia atrasada, que não se pode realizar grandes projetos com êxito.

QUAIS OS OBJETIVOS DESTE PROJETO?

O Projeto Genoma Humano (PGH) é um empreendimento internacional, projetado para uma duração de quinze anos. O mesmo teve início em 1990 com vários objetivos, entre eles identificar e fazer o mapeamento dos cerca de 80 mil genes que se calculava existirem no DNA das células do corpo humano; determinar as seqüências dos 3 bilhões de bases químicas que compõe o DNA humano; armazenar essa informação em bancos de dados, desenvolver ferramentas eficientes para analisar esse dados e torná-los acessíveis para novas pesquisas biológicas. Outro objetivo do PGH é descobrir todos os genes na seqüência de DNA e desenvolver meios de usar esta informação no estudo da Biologia e da Medicina, envolvendo com isso a melhoria e simplificação dos métodos de diagnósticos de doenças genéticas, otimização das terapêuticas para essas doenças e prevenção de doenças multifatoriais (doenças causadas por vários fatores), no que diz respeito a saúde.
Porém, seu objetivo principal é construir uma série de diagramas descritivos de cada cromossomo humano, com resolução cada vez mais apuradas mas, para isto é necessário: dividir os cromossomos em fragmentos menores que possam ser propagados e caracterizados e depois ordenar os mesmos de forma a corresponderem a suas respectivas posições nos cromossomos, ou seja, fazer o mapeamento.

Segundo Jordan (1993)- pesquisador envolvido no PGH - o verdadeiro objetivo inicial do PGH não era o seqüenciamento muito complexo, caro e trabalhoso porém, um mapeamento detalhado do genoma, só que, no decorrer do processo,os progressos tecnológicos foram tão grandes que propiciaram o seqüenciamento mesmo antes do prazo previsto. No entanto, alguns críticos do PGH argumentam que seus objetivos eram tratar, curar ou prevenir doenças, só que, para eles, este é um longo caminho e por enquanto seu principal resultado são as companhias de biotecnologia comercializando kits diagnósticos.

A grande importância do PGH é sua busca pelo melhoramento humano e a tentativa de tratar, prevenir ou até mesmo curar doenças genéticas com outras causas de doença (álcool, drogas, pobreza...), considerando-as todas de origem genética e divulgando que um dia encontremos uma "solução genética" para estas condições de saúde. Porém devemos lembrar que a análise genética não é infalível e seus dados são, com freqüência, mal interpretados devido a uma tendência ideológica da qual os pesquisadores participam quase que inconscientemente. Para o pesquisador Wilke (1994) tamanha ênfase na constituição genética da humanidade pode nos levar a esquecer que a vida é mais do que a mera expressão de um programa genético escrito na química do DNA . Ao mesmo tempo o professor José Roberto Glodim e a bióloga Úrsula Matte na publicação de um texto pela Internet dizem que "...não devemos atribuir ao PGH mais importância do que ele realmente pode.

Tome-se por exemplo a anemia falciforme, uma das doenças genéticas mais conhecidas e a primeira a Ter seu gene identificado. Chama a atenção o atraso das pesquisas e a pouca participação da genética na melhoria da condição de saúde dos pacientes e o PGH não vai mudar essa situação a curto prazo, pois o conhecimento de um gene é uma garantia de avanço terapêutico."

(Disponível em: http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2001/genoma/Projetogenoma.html Acessado em 09 de junho de 2007)

O QUE SÃO TRANGÊNICOS?

Transgênicos são organismos geneticamente modificados em processos laboratoriais, principalmente por meio da engenharia genética, onde se introduzem genes de outras formas de vida (fungos, bactérias, vegetais) em determinada espécie animal, vegetal e outras, criando assim, uma “nova espécie” não encontrada na natureza.
Não existe certeza científica quanto às conseqüências alimentares e ambientais decorrentes da utilização dos transgênicos na agricultura, como produto de consumo, e no meio ambiente, como espécie estranha à natureza.

Em muitos países os transgênicos são passíveis de registros de patentes. Alguns ativistas dizem que essa forma de registro se trata de “patentes sobre a vida”. A questão dos transgênicos é intimamente ligada à questão da Biopirataria. Por exemplo, o patenteamento do milho transgênico concede grande controle e monopólio por parte de uma empresa, sobre uma espécie que foi cultivada durante milênios pelas populações tradicionais da América Central.

(Disponível em: http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2001/genoma/Projetogenoma.html Acessado em 09 de junho de 2007)

GREENPEACE ESCLARECE ALGUMAS DÚVIDAS SOBRE TRANSGÊNICOS

O QUE SÃO TRANSGÊNICOS?

Os organismos geneticamente modificados (OGMs), também conhecidos como transgênicos, são frutos da engenharia genética criada pela moderna biotecnologia. Um organismo é chamado de transgênico, quando é feita uma alteração no seu DNA - que contém as características de um ser vivo. Por meio da engenharia genética, genes são retirados de uma espécie animal ou vegetal e transferidos para outra. Esses novos genes introduzidos quebram a seqüência de DNA, que sofre uma espécie de reprogramação, sendo capaz, por exemplo, de produzir um novo tipo de substância diferente da que era produzida pelo organismo original.

O QUE É A ENGENHARIA GENÉTICA APLICADA AOS LIMENTOS?

A engenharia genética permite que cientistas usem os organismos vivos como matéria-prima para mudar as formas de vida já existentes e criar novas. Um gene é um segmento de DNA que, combinado com outros genes, determina a composição das células. Um gene possui uma composição química que vai determinar o seu comportamento. Como isso é passado de geração em geração, a descendência herda estes traços de seus pais. Desenvolvendo-se constantemente, os genes permitem que o organismo se adapte ao ambiente. Este é o processo da evolução.
A engenharia genética utiliza enzimas para quebrar a cadeia e DNA em determinados lugares, inserindo segmentos de outros organismos e costurando a seqüência novamente. Os cientistas podem "cortar e colar" genes de um organismo para outro, mudando a forma do organismo e manipulando sua biologia natural a fim de obter características específicas (por exemplo, determinados genes podem ser inseridos numa planta para que esta produza toxinas contra pestes). Este método é muito diferente do que ocorre naturalmente com o desenvolvimento dos genes. O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afetados.O aumento da preocupação com a ética e os riscos envolvendo a engenharia genética são muitos. Primeiro porque os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. Segundo porque a engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza - fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações.

Quanto mais os genes são isolados de suas fontes naturais, maior é o controle dos cientistas sobre a vida. Eles podem criar formas de vida próprias (animais, plantas, árvores e alimentos), que jamais ocorreriam naturalmente.

O QUE A ENGENHARIA GENÉTICA ESTÁ FAZENDO?

A maioria dos alimentos mais importantes do mundo é o grande alvo da engenharia genética. Muitas variedades já foram criadas em laboratório e outras estão em desenvolvimento. O cultivo irrestrito e o marketing de certas variedades de tomate, soja, algodão, milho, canola e batata já foram permitidos nos EUA. O plantio comercial intensivo também é feito na Argentina, Canadá e China. Na Europa, a autorização para comercialização foi dada para fumo, soja, canola, milho e chicória, mas apenas o milho é plantado em escala comercial (na França, Espanha e Alemanha, em pequena escala, pela primeira vez em 1998). Molho de tomate transgênico já é vendido no Reino Unido e a soja e o milho transgênicos já são importados dos EUA para serem introduzidos em alimentos processados e na alimentação animal. De fato, estima-se que aproximadamente 60% dos alimentos processados contenham algum derivado de soja transgênica e que 50% tenham ingredientes de milho transgênico. Porém, como a maioria destes produtos não estão rotulados, é impossível saber o quanto de alimentos transgênicos está presente na nossa mesa. No Canadá e nos EUA, não há qualquer tipo de rotulagem destes alimentos. Na Austrália e Japão a legislação ainda está sendo implementada. Em grande parte do mundo, os governos nem sequer são notificados se o milho ou a soja que eles importam dos EUA são produtos de um cultivo transgênico ou não.

Além dos transgênicos já comercializados, algumas variedades aguardam autorização:- salmão, truta e arroz que contém um gene humano introduzido;
- batatas com um gene de galinha;
- pepino e tomates com genes de vírus e bactérias.

Até o momento, há uma grande oposição à contaminação genética dos alimentos. São consumidores, distribuidores e produtores de alimentos que exigem comida "de verdade", sem ingredientes transgênicos. Apesar da preocupação, a introdução descontrolada de transgênicos continua a crescer em níveis alarmantes. A menos que a oposição se sustente e ganhe força nos próximos anos, um aumento drástico destes alimentos pode ocorrer e a opção de evitá-los poderá ficar cada vez mais difícil.

QUAIS SÃO OS IMPACTOS DA ENGENHARIA GENÉTICA?

Enquanto a engenharia genética continua a criar novas formas de vida que se desenvolveriam naturalmente, ela se recusa a reconhecer o quão sérios são seus riscos potenciais.RISCOS PARA A SAÚDE: Os cientistas já introduziram genes de bactérias, escorpião e água-viva em alimentos cultiváveis. Os testes de segurança sobre estes novos alimentos contendo genes estrangeiros - e as regulamentações para sua introdução - até agora têm sido extremamente inadequados. Os riscos são muito reais. Alguns exemplos:

Os alimentos oriundos de cultivos transgênicos poderiam prejudicar seriamente o tratamento de algumas doenças de homens e animais. Isto ocorre porque muitos cultivos possuem genes de resistência antibiótica. Se o gene resistente atingir uma bactéria nociva, pode conferir-lhe imunidade ao antibiótico, aumentando a lista, já alarmante, de problemas médicos envolvendo doenças ligadas a bactérias imunes.
Os alimentos transgênicos poderiam aumentar as alergias. Muitas pessoas são alérgicas a determinados alimentos em virtude das proteínas que elas produzem. Há evidências de que os cultivos transgênicos podem proporcionar um potencial aumento de alergias em relação a cultivos convencionais . O laboratório de York, no Reino Unido, constatou que as alergias à soja aumentaram 50% naquele país, depois da comercialização da soja transgênica. Apesar destes riscos, alimentos transgênicos já estão à venda. No entanto, como os cultivos transgênicos não são segregados dos tradicionais - e como a regulação de rotulagem é inadequada - os consumidores estão sendo impedidos de exercer o seu direito de escolha, uma vez que não há como identificá-los.

QUEM DISSE QUE É SEGURO?

Embora a engenharia genética possa causar uma grande variedade de problemas para o meio ambiente e para a saúde, os testes para provar sua segurança são muito superficiais. Experimentos conduzidos para testar a segurança ambiental são normalmente de curta duração e realizados em pequena escala. Raramente eles duram mais do que uma estação, enquanto os danos ambientais podem levar anos para tornarem-se aparentes. Os testes sequer mostraram as conseqüências que poderão acontecer quando estes organismos forem introduzidos na natureza, por não reproduzirem as condições reais do meio ambiente. Eles reproduzem as condições que as plantas terão quando forem cultivadas, uma vez introduzidas no ambiente. O Professor John Beringer, presidente do British Advisory Committee on Releases to the Environment admitiu que "nós não podemos aprender nada de fato dos experimentos". As medidas que tentam garantir a segurança dos alimentos transgênicos são tão fracas quanto as que tratam dos riscos ambientais. No entanto, autoridades que regulamentam este tipo de produto nos EUA, como o Departamento de Agricultura Americano e a FDA, continuam a aprovar o uso e a distribuição de produtos transgênicos. Na maioria dos casos, as decisões foram baseadas nas evidências apresentadas pelas próprias empresas. No Brasil, a CTN-Bio, órgão do governo que avalia a segurança dos alimentos geneticamente modificados, adotou o mesmo procedimento para dar o parecer positivo, em setembro de 1998, para variedades de soja da Monsanto. Na União Européia, há um critério mais rigoroso. Em função da pressão dos consumidores, a autorização para o plantio e comercialização para novos organismos transgênicos está suspensa até que a legislação seja reestruturada, porque esta não consegue assegurar padrões de segurança para o meio ambiente e a saúde humana.
Nós estamos testemunhando um experimento global com a natureza e a evolução, cujos resultados são impossíveis de se prever. Testes inadequados e meios de controle regulatórios superficiais, que potencializam os efeitos danosos dos cultivos e alimentos transgênicos, talvez só sejam descobertos quando for tarde demais.

QUEM GANHA?

Em razão dos riscos associados à engenharia genética e a preocupação da opinião pública em geral a respeito da segurança de alimentos transgênicos, é difícil entender exatamente quem se beneficiará dos produtos desta tecnologia. As multinacionais agroquímicas, - ou as "empresas de ciência da vida" como elas se auto-proclamam - que estão desenvolvendo e promovendo a biotecnologia, levantaram uma série de argumentos a respeito das vantagens a serem ganhas, mas poucas delas se sustentam.

Eles argumentam, por exemplo, que os cultivos transgênicos aumentam a produtividade e que trarão benefícios, particularmente para pequenos agricultores nos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, porém, estas mesmas companhias - muitas das quais são enormes corporações químicas - estão patenteando genes usados na produção de novos organismos.
Uma vez as patentes protegidas, as sementes só estarão disponíveis através do pagamento de royalties anuais. Como resultado, os produtores não poderão mais guardar as melhores sementes para plantarem na estação seguinte, abandonando uma longa tradição. Além disso, como já está ocorrendo nos EUA, contratos legais estão forçando agricultores a usar a semente e o herbicida produzidos pela mesma empresa.

As empresas de "ciências da vida" sabem que, atrás do controle sobre os cultivos básicos plantados no mundo (incluindo milho, arroz e trigo) e patenteando suas sementes, há uma margem de lucro muito grande a ser ganha. Se a corrente tendência de fusões continuar, um número pequeno de empresas controlará quase toda a produção mundial de alimentos. Clamando a posse destes genes, elas estarão gradualmente tomando conta da vida.

Para saber mais sobre a questão dos transgênicos, acesse o site do Greenpeace http://www.greenpeace.org.br/

(Disponível em: ttp://www.jardimdeflores.com.br/ECOLOGIA/A09transgeni1.htm Acessado em 09 de junho de 2007)

PRÉ-NATAL

O chamado pré-natal é a assistência de um profissional médico ou de Enfermagem prestada à gestante durante os nove meses de gravidez, visando evitar problemas para a mãe e a criança nesse período e no momento do parto. Visa também preparar a mãe para amamentar, evitando possíveis complicações nas mamas e/ou interferências externas ao desejo da mãe de dar seu leite para seu filho.

EXAME DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ

Para saber se está grávida a mulher pode realizar 3 exames: clinico, com um profissional Médico e/ou de Enfermagem, laboratorial: Sangue – Beta HCG ou Urina - TIG : Teste Imunológico de Gravidez.

GRAVIDEZ

A idade embriológica da gestação é contada a partir da fecundação do óvulo. No entanto, é praticamente impossível a identificação do momento em que ocorreu a fecundação ou a data correta do coito ou da ovulação. Por isso, convencionou-se contar a idade da gravidez a partir de um marco mais fácil de identificar: o primeiro dia do último período menstrual da mulher. Trata-se da idade obstétrica da gravidez. Quando o clínico ou o ultra-sonografista se refere a qualquer idade gestacional, está usando como marco esta data. É evidente que no período entre o início do ciclo menstrual e a fecundação (supostamente ocorrida 14 dias depois do início do ciclo menstrual) ou a nidação (considerando-se o início fisiológico da gravidez na mulher) não há ainda a gravidez. Trata-se de marcador impreciso, mas é o único disponível.

A idade gestacional (IG) é definida como o tempo transcorrido entre o primeiro dia da última menstruação (DUM) e a data atual, medido em semanas e dias. A duração da gravidez tendo-se como base a DUM é, em média, de 280 dias ou 40 semanas, 10 meses lunares (de 4 semanas) ou 9 meses solares e 7 dias. Devemos nos lembrar que a duração da gestação varia segundo as características da mãe e do concepto. Também pode haver imprecisão na caracterização do último período menstrual.

Em aproximadamente 20% dos casos, observa-se discordância entre a idade gestacional calculada pela DUM e aquela estimada pela ultra-sonografia. O exame ultra-sonográfico é mais preciso para a avaliação da idade gestacional quando efetuado precocemente. Quanto mais precoce o exame, mais precisa esta avaliação. Nesses casos, se a idade calculada pela DUM se situar dentro da margem de erro da estimativa ultra-sonográfica (aproximadamente ±1 semana no 1° trimestre da gravidez, ±2 semanas no 2° trimestre da gravidez e ±3 semanas no 3° trimestre da gravidez) ela é aceita como correta. Caso contrário, utilizamos a idade calculada pela ultra-sonografia como datação para a gestação.

Períodos da gestação: Gravidez a termo - Entre 37 semanas completas e 42 semanas incompletas. Gravidez pós-termo - 42 semanas completas e mais. Gravidez pré-termo ou prematura - Menos de 37 semanas e mais de 20-21 semanas completas. Período de abortamento - Concepto com menos de 500g (gravidez de menos de 20-22 semanas).

(Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pré-natal Acessado em: 09 de junho de 2007)

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